Já pensou na quantidade de Nãos que, por dia, você diz
ao seu filho?
Já pensou o quanto essa atitude pode bloquear suas ações,
dotá-lo de insegurança e até promover alguma falta de autoestima que o
acompanhará para sempre? — quem sabe!
Quantas vezes você disse:
“Olha, você não vai conseguir ….” ao invés de dizer: Boa
tentativa! Agora eu te ajudo e na próxima vez você fará melhor sozinho.
Ou ainda, “Olha que você vai cair...!” Que tal se você tentar apoiá-lo e mostrar que você acredita que ele é capaz.
Assim, simplesmente diga vamos ver até onde você pode ir ... afinal, que custa
tentar!!!
Sabemos que o poder da sugestão tanto pode levar a
criança a acreditar em si ou a desistir
das tentativas seguintes, pois, sugestivamente, acaba sempre caindo por acreditar que não é
capaz, portanto, incentive a tentar, participe e ajude-a, mas sem “anular” suas
ações, mostrando que ela pode contar com você.
É notório que vivemos num mundo cheio de riscos para a
saúde de qualquer criança e nada mais
natural de querer protege-la, mas daí a ser Superprotetor e impedí-la de
interagir, seja nas brincadeiras com
outras crianças ou com brinquedos ou, até mesmo, numa troca de afeto com um
animal de estimação, é algo que mais tarde
será notado ou transformado em medos incompreensíveis pela criança e pelos
próprios pais, assim, conte até três, na próxima vez que você disser: Não
toques, você pode ficar doente!
Segundo especialistas, há necessidade de moderação no
comportamento dos pais, já que esta é a fase ideal para promover a segurança da
criança e ensiná-la a cuidar-se. Que tal
experimentar:
Essa pedra está suja, por isso não a leve à boca e, por
favor, quando terminar de brincar, não
se esqueça de lavar bem suas mãos, para que continues crescendo saudável.
Outra forma de falar e que confunde mais a criança é: Não
quero que faças isto! Mas por quê, mamãe? Por que não quero!
A Forma Imperativa do não faz com que a criança
não entenda porque tudo lhe é negado.
Explicar a razão de um não pode fazer com que a
criança compreenda-o e, certamente, na próxima vez, irá ouvi-lo e
entender/aprender que nem sempre tudo lhe pode ser acessível, portanto, seja positivo e equilibrado, lembre-se, como pai ou mãe tem que aprender a fechar a boca toda vez que
pretenda dizer um não, pois este é tão poderoso que deve ser utilizado no momento
certo e devidamente explicado — nos mínimos detalhes!
Portanto, cabe aos pais refletir e criar estratégias mais adequadas aos valores e ritmos de suas crianças
e, caso seja necessário e possível, buscar apoio de um especialista que certamente
os ajudarão a encontrar o melhor caminho para que sua criança desenvolva um
comportamento mais saudável e com maior capacidade de convivência com outras crianças, pois sua
própria linguagem será mais direcionada para uma comunicação não violenta e com
tendências para atuar cooperativamente.
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