Chutando uma bola ou fazendo um amigo, criança quer escola, criança quer abrigo.
Na hora do cansaço ou na hora da preguiça, criança quer abraço, criança quer justiça.
Em qualquer lugar criança quer o quê? criança quer sonhar, criança quer viver.
Agente quer, agente quer, agente quer ser feliz, CRIANÇA É VIDA.
— Toquinho, cantor e compositor

PARE E REFLITA, ANTES DE DIZER “NÃO”!

Já pensou na quantidade de Nãos que, por dia, você diz ao seu filho?

Já pensou o quanto essa atitude pode bloquear suas ações, dotá-lo de insegurança e até promover alguma falta de autoestima que o acompanhará para sempre? — quem sabe!

Quantas vezes você disse:
“Olha, você não vai conseguir ….” ao invés de dizer: Boa tentativa! Agora eu te ajudo e na próxima vez você fará melhor sozinho.

Ou ainda, “Olha que você vai cair...!”  Que tal se você tentar apoiá-lo  e mostrar que você acredita que ele é capaz. Assim, simplesmente diga vamos ver até onde você pode ir ... afinal, que custa tentar!!!

Sabemos que o poder da sugestão tanto pode levar a criança  a acreditar em si ou a desistir das tentativas seguintes, pois, sugestivamente,  acaba sempre caindo por acreditar que não é capaz, portanto, incentive a tentar, participe e ajude-a, mas sem “anular” suas ações, mostrando que ela pode contar com você. 

É notório que vivemos num mundo cheio de riscos para a saúde de qualquer criança e nada mais natural de querer protege-la, mas daí a ser Superprotetor e impedí-la de interagir, seja nas brincadeiras  com outras crianças ou com brinquedos ou, até mesmo, numa troca de afeto com um animal de estimação, é algo que mais tarde será notado ou transformado em medos incompreensíveis pela criança e pelos próprios pais, assim, conte até três, na próxima vez que você disser: Não toques, você pode ficar doente!

Segundo especialistas, há necessidade de moderação no comportamento dos pais, já que esta é a fase ideal para promover a segurança da criança e ensiná-la a cuidar-se.  Que tal experimentar:

Essa pedra está suja, por isso não a leve à boca e, por favor, quando terminar de brincar,  não se esqueça de lavar bem suas mãos, para que continues crescendo saudável.

Outra forma de falar e que confunde mais a criança é: Não quero que faças isto! Mas por quê, mamãe? Por que não quero!
  
A Forma Imperativa do não faz com que a criança não entenda porque tudo lhe é negado.

Explicar a razão de um não pode fazer com que a criança compreenda-o e, certamente, na próxima vez, irá ouvi-lo e entender/aprender que nem sempre tudo lhe pode ser acessível, portanto,  seja positivo e equilibrado, lembre-se,  como pai ou mãe  tem que aprender a fechar a boca toda vez que pretenda dizer um não, pois este é tão poderoso que deve ser utilizado no momento certo e devidamente explicado — nos mínimos detalhes!

Portanto, cabe aos pais refletir e criar estratégias  mais adequadas aos valores e ritmos de suas crianças  e,  caso seja necessário e possível,  buscar apoio de um especialista que certamente os ajudarão a encontrar o melhor caminho para que sua criança desenvolva um comportamento mais saudável e com maior capacidade  de convivência com outras crianças, pois sua própria linguagem será mais direcionada para uma comunicação não violenta e com tendências para atuar cooperativamente.

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